quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A taxa de troco


Onde quer que se compre, em Luanda; para além do preço a pagar pelo produto ou serviço, há o tributo, bem semelhante ao da idade-média, que nesta era contemporânea, se costuma chamar; imposto.

Longe de trazer à superfície a questão da relação: Estado-Contribuinte, foi-se ao passado, por via da “banalidade”, tributo cobrado pelo uso de bens, e notou-se que, por cá, voltou a encarnar em vários lugares, sem o véu do NIF.

Em diversas lojas, para se ficar com os trocos dos consumidores, acciona-se uma maneira coactiva. O caixa olha para o cliente, e pede um valor monetário, como pretexto, para dar outro em troca. E quando o comprador não o tem, ele diz: “não temos troco”!

Logo pela manhã, nos táxis, os passageiros são advertidos a viajar munidos de “dinheiro trocado”, com a desculpa de que, a essa hora,  “é difícil ter trocos”, porque: “estamos a começar”!

O caricato, é que ao fim do dia, se, se tentar pagar a um taxista o valor de: quinhentos kwanzas, prepare-se para uma crispação, mesmo que apenas ao nível de insultos verbais.

Os mercados informais, tem a taxa do troco, a taxa do polimento, e a taxa da cor. Quando o comprador parece fino no trato, o preço do produto sobe e não tem direito a troco. O mesmo acontece, se este parecer híbrido. Não há porém, registos sobre o tratamento dado aos albinos.

Sem distinção, todos podem ser alvo da taxa de troco, adaptada a vários cenários, como quando o vendedor deixa o cliente horas a fio, a espera do seu troco, enquanto este o procura; e caso não o encontre, restam duas opções ao comprador; desistir da compra, ou, sujeitar-se, a taxa do troco.

Na compra de Jornais, em guiché oficial, o troco fica com o que vende. Nas casas de fotocópias, fotografias, e outros serviços, também se houve: “não tem tloco amico”!

Quando se chega à conclusão, de que a frequência dos insultos, no que toca a não-devolução dos trocos, está a atingir níveis incontroláveis, surge a pergunta: “onde me vou queixar"?

O  artigo 28º, da Lei de Defesa do Consumidor, esclarece que tem legitimidade para fazer valer os direitos ligados a área, a própria vítima, as associações de consumidores legalmente constituídas, com um ano de existência, o Ministério Público e o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor-INADEC.

Nesta última instituição, os lesados tem como imediata solução, discar o número de denúncia: 923 49 28 19, ou dirigirem-se ao INADEC.

Se continuarmos a olhar para o facto de os trocos nunca nos serem devolvidos como: “banalidade”, vamos aceitar que se conviva na nossa sociedade, com um tributo da idade-média; com o risco de surgirem reacções a altura da época.

E quem tiver visão diferente, sobre outros possíveis efeitos da prática da não-devolução dos trocos, que a deposite aqui, já que o conhecimento não tem limites, e a sua opinião é uma das características fundamentais, da prática discursiva para os Blogs… E não só! 

                                                                              
Mice2twins@yahoo.co.uk

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Mulher manifesta-se no dólar




A carta de uma adolescente para o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama acende o debate sobre a possibilidade de se inserir fotografias de mulheres, no dinheiro Norte-Americano.
 
Obama classificou à missiva como: "boa ideia!" , na cidade Norte-Americana de Kansas.

http://money.cnn.com/2014/07/31/news/economy/women-on-currency/index.html?source=yahoo_hosted

Clique na nota, para ler a notícia completa

mice2twins@yahoo.co.uk 

domingo, 27 de julho de 2014

Inovação princípio dos media





A inovação faz falta a todas as esferas do conhecimento, de acordo com Rogers e Shoemaker (1971). Uma nova ideia, nova prática, ou novo material a ser utilizado em determinado processo, a descreve com rigor.

Na gestão, vista como o conjunto de tarefas que procuram garantir o destino eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização a fim de serem atingidos os objectivos pré-determinados, a criação de algo novo, garante a permanência no mercado, de todo o tipo de Empresa.



À revista Exame, nº 272 de Dezembro de 2006, o parceiro de Kjill Nordstrom, na escrita dos livros: Karaoke, Capitalism e funky business, Jonas Ridderstrale argumentou a base da sua descoberta, com algumas declarações, que demonstram as implicações da inovação na gestão:1º “inovar é a única forma de fazer dinheiro”;  2º “o sucesso tem de ser baseado em cada talento”.
 
Perguntas Chave para gestores

Para um dos pensadores mais influentes do mundo e professor da Ashridge Business School; Jonas Ridderstrale, “quem não tem resposta para estas questões, não tem noção do contexto em que opera”: 1º  “quem sou eu como empresa?”;  2º “ porque valores me rejo?”; 3º “em que negócio estou?”;  4º “para onde quero ir?”Ridderstrale, já em 2006, tinha chegado à conclusão que na velha economia se operava segundo princípios de eficiência e produtividade; e não de inovação.
 
O professor de gestão sublinha que “tudo deve começar pelo recrutamento”, uma vez que se “contratam pessoas pelas capacidades técnicas” e só depois, é que se as treina, em atitude.

Reter talentos

Jonas Ridderstrale de nacionalidade sueca afirma “que as pessoas não abandonam empresas, mas, maus chefes”. É que se um líder “acha que trabalha com pessoas sem talento, falhou”.

Os media que como empresas devem apresentar um produto de qualidade, que inclua no seu processo de elaboração, a responsabilidade social, podem ser enquadrados, no alvo da objectiva do professor Jonas Ridderstrale.

O aspecto introdução de novidade é fundamental, para que não se assista ao mero reproduzir de um mesmo conteúdo, em medium da mesma família, como se tem notado, com mais frequência, nas rádios.


Reflexão do som

A impressão que fica, é que os estudos de audiência não tem sido realizados, para se saber, se de facto, a repetição de certos programas; é do agrado de quem houve.
Há exemplos como: o serviço de trânsito e os espaços em que se toca normalmente música ouvida em ambiente de festa. Estes últimos, de sexta a sábado à noite, ocupam  90% do tempo de antena das rádios de Luanda.
 
Quanto  ao serviço de trânsito, começou numa rádio, mas agora, parece um disco de vinil partido, que ecoa por todas as outras. Vai daí a necessidade de aplicar aquele princípio, ao qual baptizamos, de Jonas. Que nos alerta para o facto de tudo começar pelo recrutamento.

É que se há anos atrás, o que contava para as empresas eram a eficiência e a produtividade, depois da revelação do homeme de nome bíblico, a criatividade e a atitude são o marco da liderança.

Sorte nossa, que os princípios aqui designados de: Jonas, abrangem tanto as empresas públicas, como as privadas da comunicação social. O que facilita reunir argumentos suficientes para repudiar afirmações preconceituosas como: “já não há mais nada para inventar! Porque tudo já foi inventado!”.

mice2twins@yahoo.co.uk

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Ruido fora da Lei




Um assassino chamado: ruído, está a ceifar vidas inocentes, todos os dias na cidade capital, ao estimular doenças, que muitas pessoas menosprezam, principalmente, por não as poderem ver, e outras causas, que ficam para reflexões, em tema diferente.


A lista é longa e inclui a hipertensão, insónia, agressividade, irritabilidade, baixa capacidade de trabalho e rendimento escolar, depressão, dores de cabeça, assim como, falta de concentração.

Foi o director científico e pedagógico do Hospital Josina Machel, o Doutor, Matuba Filipe, que desmascarou esse homicida à sociedade luandense, que teve também a oportunidade de ter sido, um ano antes, em 2007 alertada dos seus sinistros efeitos, pela psicológa, Margarida Marques. Quando disse que o barulho em muita quantidade, altera o sentido auditivo, desgasta e conduz a perda de sensibilidade.


Estes alarmes tiveram impacto, apenas no dia em que ocorreram, pois a proporção do som de música, em níveis assustadores, a que somos a qualquer momento, submetidos, supera, a iniciativa de educar, no que respeita aos efeitos nocivos do som, da música alta.

Em Angola, a música em som elevado, está agrupada às transgressões administrativas, o que tem gerado, acções policiais, que passam por conselhos para reduzir o seu volume, apreensões de aparelhos, e multas, em troca da devolução dos mesmos.

As autorizações para realização de actividades culturais são muitas vezes fiscalizadas pelas administrações municipais, e pedidas ao Ministério da Cultura. Se, se detectarem eventos à margem da documentação exigida, respostas, como o cancelamento, tem sido a saída para os casos.

O retrato da dinâmica da música alta, começa na rua, na periferia, ou no centro, onde colunas de tamanho intimidatório, emitem sons em volume assustador. Não há nenhum dia da semana que escape. Os carros que estacionam nalgum local, abrem as suas portas, e eis que o som elevado de música, chega aos nossos ouvidos, num emaranhado, porque se outros automóveis se juntarem ao primeiro, cada um toca a sua música, em volume de rebentar com os tímpanos.

A expressão, "a qualquer hora do dia", significa, que há pessoas a quem se lhes apetece ouvir música alta, a partir das 3 horas da manhã e todos os dias.Em frente a lojas, para promover produtos, nas lanchonetes, nos táxis, onde quer que se vá, há som alto de música de todas as características, às vezes, com umas vozes guturais de fundo, a gritar: “DJ…Fulano de tal!”.

Até nos pátios das escolas, o fenómeno já se pode verificar, sem esquecer os promotores de festas de quintal. É que, seja qual for a actividade, o som de música alta, não pode falhar! Nos óbitos, a música alta, também já toca!….e agora então que os velórios duram mais de 7 dias….é de imaginar…a quantidade de barulho, que eventualmente se produza aí!

Nos locais de serviço, o funcionário levanta o som do plasma, e lá vai o ambiente ao ritmo do que vier a calhar, que pode ser um KU DURU, ou HOUSE MUSIC, a maneira de exibição, porque só o som estridente, é capaz de captar atenções!

À propósito, no passeio da rua em frente ao trópico, havia música que parecia oscilar com o vento, que irritante! Ía se ouvindo e todos procuravam saber, de onde vinha…hó! Não é que um deficiente físico,transportava um rádio de fabrico chinês, pendurado ao pescoço, a tocar música fanhosa?
Nem pensar em se querer tirar a liberdade de alguém. Análogamente, o que pensou na lei contra o fumo em locais públicos, considerou o seu direito de não ser morto, pelo fumo dos outros. Cremos que o direito à vida, é fundamental, então há responsabilidades a pedir! Está em causa a violação da paz social!

A lei de base do ambiente aprovada em 1998, costuma arbitrar a ausência de uma lei específica sobre o ruído, de acordo com o jurista do Ministério do Ambiente, Miranda Kiala, em entrevista a um jornal do país.

Pena que os números ainda não possam falar, para que possamos aferir por estatística, quantos são os atingidos, e com esses dados, procurar pela saída.

Se os agentes, fossem submetidos a processos judiciais, seriam melhor disciplinados, com sanções à medida, e direito à defesa.

Criar locais adequados com equipamento antí-propagação de som, que podesse ser utilizado para festas e outras actividades de lazer, que dariam ao Estado, algumas receitas, em impostos.Seria muito bom para todos. Há por aí, quem tenha ideias além destas e que tem conseguido raciocinar, num lugar ameno, a que cada um, tem direito!

mice2twins@yahoo.co.uk

sábado, 12 de julho de 2014

Canto de rua



Para atrair fundos, no dia 11 de Julho, o cantor e compositor Filipenses, desconhecido do grande público, escolheu um dos passeios da rua Amílcar Cabral, para fazer o seu ensaio.

Mas, todos os dias, entre as 7 e as 8 horas da manhã, quando parte do Cacuaco, Filipenses elege um lugar específico para fazer o seu espectáculo, depois de descer do táxi.

Com a viola ao colo, o jovem de 23 anos, prevê que o seu disco venha a intitular-se: “entre a fé e o amor”, a primeira utilizada como força de vontade para estar na rua, e o sentimento, como tempo dedicado a arte musical, que já somou, um ano e seis meses.

Vai avançar com o projecto de gravação a partir de: “gravações do bairro”, com o dinheiro que já tem e que não quis revelar a importância, da qual subtrai algum, sem fazer contabilidade, para pagar os estudos, no Cacuaco onde vive.
                                                                             

Quem tem nome registado no mundo da música mundial, é Tracy Chapman, que da rua, conseguiu a bolsa para pagar os estudos.

 mice2twins@yahoo.co.uk